Você sabe dizer o que os grandes centros urbanos e as pequenas e calmas cidades do interior têm em comum? É simples: pessoas! Não importa o tamanho ou o modo de viver de uma cidade. Cidade é lugar de gente e o local onde a vida dessa gente acontece. E se há vida acontecendo, há também stress.
Talvez os motivos do stress de uma pessoa de um grande centro urbano sejam diferentes das pessoas que vivem nas pequenas cidades, não é mesmo?
Talvez sim. Um comerciário (profissional que trabalha no comércio) residente da cidade de São Paulo, por exemplo, pode viver preocupado em conseguir embarcar no disputado vagão do metrô que o levará até o seu trabalho, na hora certa. Já um agricultor familiar que vive e trabalha em uma pequena cidade pode viver preocupado em como conseguir irrigar sua lavoura ou dar de beber a seus animais. Aqui os motivos que podem provocar stress são diferentes de uma pessoa para outra. Talvez não. Tanto o comerciário quanto o agricultor podem ter uma esposa gravemente doente e ter o mesmo motivo para vivenciar o estresse.
Então, afinal, quais são as causas do stress?
Como já explicado em textos anteriores publicados no Blog do site (www.weberlimarosa.com.br/blog) stress ou estresse é uma reação natural que nós, seres humanos e outros animais apresentamos quando vivemos situações que nos ameaçam, nos desafiam, ou ainda, nos estimulam intensamente. Assim, não conseguir obter água (uma ameaça a lavoura do agricultor), estressa. Ter que disputar um lugar no vagão do metrô lotado (um desafio), estressa. Ganhar na mega-sena acumulada (um estímulo intenso), estressa. É até engraçado, esse exemplo, né? Mas é real. Por incrível que pareça, tanto os motivos para a vivência de uma intensa preocupação quanto os motivos para a vivência de uma intensa felicidade, por tempo prologando, estressam. O motivo: a reação física frente a esses eventos é a mesma – o metabolismo funciona acelerado e desgasta o organismo. Provoca por consequência, um esgotamento físico e mental. Por conta desse esgotamento o corpo pode desenvolver doenças e até transtornos psiquiátricos. Nossa!
OS EVENTOS DA VIDA
De acordo com Santos (1995), pesquisas científicas realizadas nos Estados Unidos, Europa e Japão listaram os eventos da vida que mais provocam o estresse. A sequência da lista está apresentada do evento que mais provoca a reação do estresse para o que menos a provoca:
- Morte de cônjuge
- Divórcio
- Morte na família
- Doença ou acidente na família
- Perda de emprego
Reparou que esses primeiros cinco itens se referem a acontecimentos negativos? Mas as lista continua:
- Casamento
- Reconciliação conjugal
- Aposentadoria
- Nascimento de filhos
Viu que interessante? Os quatro itens seguintes são de acontecimentos que geralmente as pessoas associam a sentimentos positivos.É verdade que pode haver uma diferença cultural que aí se estabelece porque estamos nos referindo a valores e percepções individuais. Deve ser muito legal poder aposentar-se. Isso é bom e é considerado positivo por muitos. Mas a aposentadoria também traz perdas, como por exemplo, a do contato diário com os ex-colegas de trabalho, que pode ser vivenciada como um aspecto negativo.
Em todo o caso, essa lista já permite uma primeira constatação importante: não existe vida sem estresse! Por isso, o problema não é o estresse propriamente dito, uma vez que ele faz parte da nossa vida. O problema aqui é quando o estresse é excessivo e contínuo. Esse tipo de estresse geralmente provoca doenças, perda de qualidade de vida e perda de produtividade. Por isso é necessário conhecer não apenas as causas do estresse, mas também o meios pelos quais podemos reduzí-lo. Outro aspecto importante a ser considerado é que há estudos científicos que evidenciam a relação entre estresse, e sintomas de ansiedade e depressão (MARGIS; PICON; COSNER; SILVEIRA, 2003).
ACONTECIMENTOS DIÁRIOS MENORES
Além dos eventos da vida, outra fonte de estresse é caracterizada pelos diversos acontecimentos diários que podem nos trazer algum tipo de incômodo ou aborrecimento. É chamado de acontecimentos diários menores. Exemplos deste tipo de estressores são passar pelo transtorno de esquecer ou perder algo importante, perder tempo esperando em filas, incomodar-se com o barulho de cães latindo no quintal do seu vizinho.
Muito embora esse tipo de estressor não enseja situações de grande relevância na vida cotidiana, a constante repetição desses estímulos pode provocar reações psicológicas e biológicas muito negativas e mais importantes do que os eventos da vida de menor frequência, como casamento e aposentadoria.
SITUAÇÕES AMBIENTAIS CRÔNICAS
Por outro lado, há também um tipo de estressores que provoca grande impacto na vida das pessoas, que é a existência de situações de vida ou ambientais crônicas, como por exemplo, trabalhar em um emprego ruim; ter que realizar a todo momento um trabalho que deteste, ter que viver um casamento agressivo; ter que conviver com uma doença ou condição física incapacitante.
Conhecer as causas do stress é importante porque nos ajuda a perceber se estamos ou não nos defrontando com uma ou algumas delas no momento atual de nossa vida. E se estiver passando por situações de estresse, precisamos nos cuidar. Uma forma de fazer esse cuidado é aprender a lidar com o estresse e fazer o seu manejo. Você sabia que psicólogos ajudam as pessoas a aprender como se faz isso? Gostaria de aprender como a lidar melhor com suas preocupações e estresse? Entre em contato comigo! Como psicólogo eu poderei lhe ajudar a avaliar qual é o impacto que o estresse provoca em sua vida e auxiliar-lhe em seu manejo e controle. Conte comigo. Estou à disposição.
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Sugestão de leituras:
BIGNOTTO, Márcia Maria; LIPP, Marilda Emmanuel Novaes. Stress e qualidade de vida: influência de algumas variáveis pessoais. In: Paideia jan.-abr. 2010, Vol. 20, No. 45, 73-81. Disponível em: http://www.journals.usp.br/paideia/article/view/7221/8704 . Acesso em 01/03/2019
MARGIS, Regina; PICON, Patrícia; COSNER, Annelise Formel; SILVEIRA, Ricardo de Oliveira. Relação entre estressores, estresse e ansiedade. In: Revista. Psiquiatr. RS, 25′(suplemento 1): 65-74, abril 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rprs/v25s1/a08v25s1. Acesso em 01/03/2019SADIR, Maria Angélica;
SANTOS, Osmar de Almeida. Ninguém morre de trabalhar: o mito do estresse. São Paulo : Editora Textonovo, 1995