O trabalho humano por si, pode produzir tanto grande satisfação pessoal, quanto estresse e ansiedade. Mas uma coisa não pode ser esquecida: a ausência da possibilidade de trabalhar também. E às vezes passamos por essa situações sem que quiséssemos. É o que acontece nas situações de afastamento do trabalho por adoecimento, acidentes ou desemprego.

De acordo com os especialistas, o desemprego – seja ele por qualquer motivo – provoca impactos sociais e psicológicos muito importantes. O ser humano precisa do trabalho para a organização da rotina prática da sua vida e para a formação de uma identidade dentro da sociedade. Sem essa identidade, é como não existíssemos para a sociedade.Ficamos sem um papel social.

Duvida? Quando você está em um evento social, onde há pessoas que ainda lhe não conhecem, depois que você se apresenta e diz o seu nome, o que é que geralmente as pessoas lhe perguntam?

– Da onde você é?

Você responde:

– Ah, eu sou da cidade tal

E depois lhe perguntam:

– E você… faz o que? Trabalha onde?

Percebeu? Reparou que se você está trabalhando, você tem um cargo cujo nome diz o que você faz na vida e tem um nome de empresa para usarem de seu sobrenome. Vou usar o meu nome como exemplo. Eu não sou mais o Weber Rosa. Trabalhando, eu sou:

Viu? Mas o que acontece quando você está desempregado? Socialmente é como se você não fosse ninguém. Você passa a ser “só” um Weber Rosa. Apenas um nome qualquer, sem qualquer impacto ou atrativo social.

Cruel, né? Por isso, quando estamos desempregados é muito comum sentirmos ansiedade, não apenas porque precisamos de um trabalho para ganhar dinheiro, mas porque trabalhar também é uma necessidade de reconhecimento social. Ficar sem esse reconhecimento, segundo as pesquisas em psicologia mais recentes, provoca ansiedade, sentimento de desvalorização, sentimento de inutilidade, insegurança e improdutividade por não realizar uma atividade.

Aliás, esse sentimento de improdutividade é muito ruim porque faz com que tenhamos dificuldade até de organizar a rotina do dia-a-dia. Para quem trabalha, domingo à noite é um momento especial. É o momento de lembrar que o dia seguinte é segunda-feira e verificar o que temos que fazer nesse dia.

Mas se você está por alguma razão sem trabalho é como se depois do domingo fosse outro domingo. Já imaginou uma semana com 7 domingos? E um mês com 30 dias de domingo? Talvez na primeira semana seja legal. Entediante na segunda semana. E desesperador a partir da terceira semana… Você tem que ir à cidade? Nem mais olha para a sua agenda. Tanto faz o dia ou o horário. Todos os dias e horas são iguais. Dá tudo no mesmo. Já pensou nessa perspectiva?

Juliana Oliveira e Ana Mendes (2014), pesquisadoras da Universidade de Brasília, identificaram que é comum que, pessoas que estão na situação de sem trabalho,  sintam a nível de sua saúde: dor de cabeça, dificuldade para dormir, problemas com alimentação. Por isso é importante para quem está nessa condição, fazer uso produtivo do tempo.

Deixo aqui algumas dicas:

  1. Faça diferentes atividades produtivas, dentre elas, alguma atividade que lhe permita fazer algum dinheiro
  2. Procure por novas possibilidades de trabalho, se sua saúde permitir
  3. Realize cursos profissionalizantes ou de empreendedorismo

Agora que já arrumou o que fazer, pegue sua agenda e distribua essas tarefas ao longo das horas do dia e ao longo dos dias da semana. Assim você terá novamente a possibilidade de organizar a sua vida e, mesmo que esteja sem trabalho, possa voltar a viver com rotina. Isso é importante!

Veja só: fazendo isso, além de você voltar a ter que acordar cedo todos os dias para dar conta de tudo o que vai ter que fazer no dia, você voltará a se alimentar nas horas certas, porque senão seu planejamento da agenda do dia não funciona; vai sentir sono noite, uma vez que está acordando cedo todos os dias; se alimentando direito e dormindo melhor sua ansiedade e dor de cabeça tenderão a diminuir. Tudo isso não faz sentido agora?

E você, o que achou dessas dicas? Te ajudaria saber disso quando você ficou desempregado da última vez?

Todavia, se você ainda assim estiver com dificuldades para:

entre em contato comigo! Um psicólogo pode lhe ajudar. Você sabia que existe na Psicologia, uma área especializada exatamente nesse tipo de necessidade? É conhecida por Psicologia do Trabalho e das Organizações. Quer saber mais como a Psicologia do Trabalho pode lhe ajudar em suas necessidades? Me procure. Terei grande prazer em interagir com você.

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Sugestão de Leituras

OLIVEIRA, Juliana Nunes de; MENDES, Ana Magnólia. Sofrimento psíquico e estratégias defensivas utilizadas por desempregados: contribuições da psicodinâmica do trabalho. Temas psicol.,  Ribeirão Preto ,  v. 22, n. 2, p. 389-399, dez.  2014 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2014000200011&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em  18  fev.  2019.

SANTOS, Osmar de Almeida. Ninguém morre de trabalhar: o mito do estresse. São Paulo: Editora Textonovo, 1997